quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Sou evangélica e meu marido me bate, posso me divorciar?

Renato Vargens

Sônia Regina Maurelli, diretora da casa Isabel, afirma que cerca de 90% das mulheres vítimas da violência doméstica são evangélicas.

Nas dependências da Casa de Isabel, é fácil encontrar grupos de mulheres com a bíblia aberta, senhoras murmurando corinhos cristãos e até mesmo a música no rádio da recepção, tocando canções evangélicas.

A Violência doméstica é um grave problema em nossa sociedade, e infelizmente nossas igrejas estão repletas de mulheres que apanham de seus maridos. Não são poucas aquelas que vivem uma vida de horrores, sofrendo as agruras de uma relação despótica, ditatorial e abrutalhada. Como todos sabemos, muitas destas mulheres continuam se sujeitando a este tipo de relacionamento, fundamentado na premissa de que Deus odeia o divórcio (o que é verdade), e com isso acentuando distúrbios psicológicos, neurológicos e físicos em sua própria vida e filhos.

Sem a menor sombra de dúvidas o divórcio não é uma instituição divina e sim humana, até porque, ele brota de corações caídos e distantes de Deus. Além disso, é indispensável que também entendamos que existe um enorme abismo entre lutar por um casamento combalido a permanecer numa relação onde a esposa é constantemente violentada fisicamente.

O Apóstolo Paulo em I Co 7:10-15 afirma que o cônjuge cristão PODE se divorciar deste que o seu marido incrédulo abandone o lar. Isto posto, acredito piamente que maridos que batem em suas esposas, há muito abandonaram seus lares, dando as suas mulheres condições de divorciaram dos agressores.

O fato de alguns destes afirmarem ser cristãos, não os torna efetivamente crentes, até porque, os que agridem suas esposas, legitimam de que na verdade nunca conheceram a Cristo.

A violência contra a mulher é uma agressão ao Criador e em hipótese alguma as mulheres devem se sujeitar a qualquer tipo de agressão, denunciando o agressor às autoridades competentes a fim de que o sofrimento imposto pela violência cesse definitivamente em sua casa. Além disso, deve levar suas queixas, lamúrias, angústias e sofrimentos ao justo JUIZ, que com certeza no tempo certo lhes fará justiça.

Soli Deo Gloria!
Renato Vargens

Retirado de: renatovargens.blogspot.com.br

quinta-feira, 20 de julho de 2017

O EVANGELHO DE SATANÁS

    Citações
 A. W. Pink
O evangelho de Satanás não é um sistema de princípios revolucionários, nem um programa de anarquia. Não promove conflitos e guerras, mas almeja a paz e unidade. Não procura colocar a mãe contra a filha, nem o pai contra o filho, mas promove um espírito fraterno por meio do qual a raça humana é tida como uma grande “irmandade”. Não procura arrastar o homem natural ao fundo do poço, e sim melhorá-lo e enaltecê-lo. Advoga a educação, o cultivar e o apelar ao que “de melhor existe dentro de nós”. Almeja fazer deste mundo um habitat tão confortável e apropriado, que a ausência de Cristo nesse habitat não será percebida, e Deus não será necessário. O evangelho de Satanás empenha-se por ocupar o homem com muitas coisas deste mundo, de modo que ele não tem oportunidade ou disposição para pensar no mundo vindouro. Esse evangelho propaga os princípios do auto-sacrifício, caridade e benevolência, ensinando-nos a viver para o bem dos outros e sermos bondosos para com todos. Apela fortemente à mente carnal, tornando-se bastante popular entre as massas, pois ignora os fatos solenes de que o homem, por natureza, é uma criatura caída, alienada da vida de Deus, morta em delitos e pecados, e de que sua única esperança está em nascer de novo.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Proteja seu casamento (namoro também)

    Artigos
 Isaltino G. C. Filho
proteja-seu-casamento-para-casados-e-solteirosMuitas vezes um casamento vai bem, e acaba abalado por causa de um relacionamento inesperado com uma terceira pessoa. Começa de maneira inocente e agradável, torna-se cada vez mais envolvente. Por fim, traz complicações e desgraças para muita gente.

Não foi um acidente ou "um grande amor que surgiu". Foi um relacionamento do qual o casamento deveria ter sido protegido. Não seja ingênuo pensando que isto só acontece com os outros. Muita gente boa já caiu exatamente por ser ingênua assim. Lembre-se de 1 Coríntios 10:12. Por isso, proteja eu casamento...

Eis algumas dicas:

Tenha bom senso com suas companhias

Evite gastar tempo desnecessário com alguém do sexo oposto. Muitos casos surgem por não se agir assim. Um executivo precisa de aulas particulares de inglês e contrata uma jovem professora. Contrate um homem. Não significa que cada contato com alguém do sexo oposto seja porta para o adultério. Significa evitar oportunidades para cair. Companhia contínua cria intimidade. Intimidade com o sexo oposto traz problemas.

Tome cuidado com as confidências

A pessoa mais íntima de alguém deve ser seu cônjuge. Segundo a Bíblia, são "uma só carne", isto é, uma só pessoa. Se há aspectos de seu relacionamento que você não pode compartilhar com esposo(a) e compartilha com alguém do sexo oposto, a coisa está ruim. As pessoas tendem a se solidarizar com quem sofre e a proximidade emocional se torna perigosa. Um homem que se queixa de sua esposa para outra mulher está traçando um caminho perigoso. Isto vale para quem faz e para quem ouve confidências.

Evite momentos a sós

Decida não ter momentos privados com alguém do sexo oposto. Se um(a) colega de trabalho pedir para ter um almoço com você, convide uma terceira pessoa. Se necessário, não se constranja em compartilhar os limites que você e seu cônjuge concordaram ter no seu casamento. É melhor ser visto como rude que vir a cair em pecado.

Vigie seus pensamentos

Cuidado com o que pensa. Se você só se detém nos defeitos de seu cônjuge, qualquer outro homem ou mulher parecerá melhor. Faça uma lista das coisas que inicialmente lhe atraíram em seu cônjuge. Aumente o positivo e diminua o negativo. Evite filmes, conversas, sites e literatura que apologizam o adultério. Lembre de Colossenses 3:2.

Evite comparações

Um homem trabalha com uma mulher perfumada, maquiada, bem vestida. Em casa encontra a esposa, com criança no colo, cabelo desfeito, banho por tomar. Uma mulher encontra um homem compreensivo com quem pode se abrir, e se sente mais à vontade com ele do que com o esposo. Ignoraram situações e contextos diferentes. Foram iludidos pelo irreal. Lembre-se do pródigo: o mundo lhe era fascinante, mas terminou num chiqueiro. As aparências iludem, porque o mundo em que vivemos em casa é o real. O mundo de relacionamentos fora de casa é sempre artificial.

Evite a síndrome do retorno

É a idéia de que a vida sentimental e sexual caiu na rotina, e agora, a pessoa "renasceu". Já vi inúmeros casos assim: "Eu renasci", ou "Eu me senti jovem de novo". Não banque o adolescente. Você é um adulto com responsabilidades e com uma pessoa com quem partilha a vida. Construa sua vida com seu cônjuge. Se sua vida conjugal se "fossilizou", há outros caminhos. Revigore-a com seu cônjuge. Há pessoas que sempre se fossilizam e pulam de relacionamento em relacionamento, procurando o que não produzem. Temos o que produzimos.

Ponha seu coração no seu lar

A solidez do casamento vem pelo tempo que os cônjuges gastam juntos. Conversas, risos, passeios, programas comuns. Se você não sai com seu cônjuge, marque datas para os próximos meses. Vocês devem ter um ao outro como o melhor companheiro. Mantenham o clima de namoro: querer estar junto com a pessoa. Orem juntos. Dificilmente duas pessoas que oram juntas brigarão entre si. Sejam parceiros espirituais.

Invista em seu cônjuge

O marido da mulher virtuosa é conhecido quando se levanta em público (Pv 31:23). A idéia é que ele está bem vestido e vê o caráter dela pela roupa dele. Uma boa esposa é um bom tesouro (Pv 18:22). De bom tesouro cuida-se e evita-se perdê-lo. Marido: mulher bem tratada é um grande investimento; o retorno emocional é garantido. Mulher: marido bem tratado é um grande investimento; o retorno emocional é garantido.

Busque ajuda

Havendo problemas, busque ajuda. Primeiro em Deus. Lembre-se de Tiago 1:5. Busque orientação de pessoas mais experientes ou de seu pastor. Evite que o problema se avolume. Evite conselhos de gente que não tem o que dizer. Os amigos de Roboão lhe deram maus conselhos (1 Rs 12:6-12). Nesta busca de ajuda, evite por mais lenha na fogueira. Evite também raiz de amargura (Hb 12:15). Busque ajuda e não um juiz a seu favor.

Conclusão

Bons casamentos não acontecem por acaso. São produto de muito trabalho e da graça de Deus. Boa parte do trabalho é investimento emocional no relacionamento conjugal. "Vender a alma" para o cônjuge. Mas investir sem proteger é problemático. É preciso levantar cercas contra os problemas externos, porque os internos são mais vistos e os dois os vivenciam. Não permita brechas. Não dê armas ao inimigo.

Fonte: Jornal Ágape de Limeira/SP - www.isaltino.com.br

sábado, 15 de julho de 2017

EVANGELHOS FALSIFICADOS

   Artigos
Tullian Tchividjian
evangelhos-falsificadosAproveitando a visita de Paul Tripp à Igreja Coral Ridge neste final de semana, voltei a muitos dos meus livros escritos por ele – Paul é uma grande dádiva à igreja! Em um dos seus livros (coescrito com Tim Lane), How People Change [Como as Pessoas Mudam], ele identifica sete evangelhos falsos – caminhos “religiosos” que usamos para nos “justificar” ou “salvar” à parte do Evangelho da graça. Considerei isso incrivelmente útil. Ao redor de qual (ou quais) você tende a orbitar?

• Formalismo: “Eu participo dos encontros regulares e dos ministérios da igreja, assim sinto-me como se minha vida estivesse sob controle. Estou sempre na igreja, mas isso realmente tem pouco impacto em meu coração ou sobre como vivo. Posso me tornar julgativo e impaciente com aqueles que não têm o mesmo compromisso que eu”.

• Legalismo: “Eu vivo pelas regras – regras que criei para mim mesmo e regras que criei para os outros. Sinto-me bem se posso guardar minhas próprias regras, e me torno arrogante e cheio de desdém quando os outros não alcançam os padrões que coloquei para eles. Não há alegria em minha vida porque não há graça a ser celebrada”.

• Misticismo: “Eu estou envolvido em uma busca incessante por uma experiência emocional com Deus. Vivo para os momentos em que me sinto próximo dele, e frequentemente luto contra o desânimo quando não me sinto dessa maneira. Posso também mudar de igreja frequentemente, buscando aquela que me dará aquilo que procuro”.

• Ativismo: “Reconheço a natureza missional do Cristianismo e estou apaixonadamente envolvido em consertar esse mundo destruído. Mas, no fim do dia, minha vida é mais uma defesa do que é certo que uma busca alegre por Cristo”.

• Biblicismo: “Eu conheço a Bíblia do começo ao fim, mas não permito que ela me domine. Reduzi o Evangelho à proficiência do conteúdo e teologia bíblicos, portanto sou intolerante com aqueles que têm menos conhecimento”.

• Terapismo: “Falo muito sobre as pessoas feridas em minha congregação, e como Cristo é a resposta para suas dores. Porém, mesmo sem perceber, eu fiz de Cristo mais Terapeuta que Salvador. Eu vejo as feridas como um problema maior que o pecado – e, sutilmente, mudo minha maior necessidade – da minha falência moral para minhas necessidades não satisfeitas”.

• Socialismo: “A comunhão e amizades profundas que encontro na igreja se tornaram meu ídolo. O corpo de Cristo substituiu o próprio Cristo, e o Evangelho é reduzido a uma rede de relacionamentos cristãos satisfatórios”.

Como disse há duas semanas em meu sermão, existem ídolos fora da igreja e existem ídolos dentro da igreja. São os ídolos dentro da igreja que devem preocupar mais os cristãos. É mais fácil para os cristãos identificar ídolos mundanos como dinheiro, poder, ambição egoísta, sexo, e por aí vai. São os ídolos dentro da igreja que nos trarão dificuldade para identificar.

Por exemplo, sabemos que é errado se prostrar diante do deus do poder – mas também é errado se prostrar diante do deus das preferências. Sabemos que é errado adorar a imoralidade – mas também é errado adorar a moralidade. Sabemos que é errado procurar liberdade ao quebrar as regras – mas também é errado procurar liberdade ao guardá-las. Sabemos que Deus odeia a injustiça – mas ele também odeia a justiça própria. Sabemos que crime é um pecado – mas controle também é. Se as pessoas de fora da igreja tentam salvar-se sendo más, as pessoas dentro da igreja tentam salvar-se sendo boas.

A boa notícia do Evangelho é que, tanto fora como dentro da igreja, há somente um Único Salvador e Senhor, chamado Jesus. E ele veio, não para nos privar furiosamente de nossa liberdade, mas para amorosamente nos tirar da nossa escravidão a coisas menores, de maneira que possamos verdadeiramente nos tornar livres!

Fonte: iPródigo

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Sugestões para se evitar o pecado do adultério

 Artigos
 Arthur W. Pink
sugestoes para se evitar o pecado do adulterioCinco dicas práticas para você manter-se fiel a Deus e a seu cônjuge.

As sugestões também são igualmente úteis para solteiros.






1) Cultivar um senso habitual da presença divina, percebendo que "os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons" (Provérbios 15:3).

2) Manter uma estrita vigilância sobre os sentidos; pois, com muita frequência, esses são as avenidas que ao invés de permitir a entrada de correntes agradáveis para refrescar, em geral deixam entrar barro e lama para poluir a alma. Faça um pacto com seus olhos (Jó 31:1). Feche os seus ouvidos contra qualquer conversa obscena. Não leia nada que contamine. Vigie os seus pensamentos, e trabalhe prontamente para expelir os que forem perversos.

3) Pratique a sobriedade e a temperança (1 Coríntios 9:27). Aqueles que indulgem em glutonaria e bebedice geralmente descobrem que seus excessos levam à cobiça.

4) Exercite-se numa ocupação honesta e legal; está provado que a ociosidade é tão fatal a muitos como a intemperança a outros. Evite a companhia do perverso.

5) Dedique-se muito à oração fervorosa, implorando a Deus que limpe o seu coração (Salmos 119:37).

Extraído do livro "Os Dez Mandamentos - Uma Exposição Bíblica" pg.64

terça-feira, 11 de julho de 2017

12 perguntas a fazer antes de postar na internet

 Artigo
 Mark Dever
12 perguntas a fazer antes de postar na internetEu quero oferecer 12 breves perguntas para que você faça a si mesmo. Você pode pensar nelas como luzes indicativas, do tipo que um piloto verifica antes de decolar.







01) Edificará? Ou informará significativamente uma conversa útil? (1 Coríntios 14:26; Marcos 12:29-31)

Tente pensar no que edificará os outros. Tudo o que fazemos deve obedecer ao mandamento de amar a Deus e aos outros. Como isso aumentará o conhecimento, a fé ou o amor deles? Você está apresentando com precisão qualquer posição que discorda? Quão seguro estou de minhas informações? Esperamos que as trivialidades preencham menos de nossas vidas do que o fazem na internet. John Piper disse que “Uma das grandes utilidades do Twitter e Facebook será provar no último dia que nossa falta de oração não foi por falta de tempo!”. Ele tem razão.

02) Será facilmente mal compreendido? (João 13:7, 16:12)

A privacidade de uma conversa pessoal limita a má compreensão. Nos lugares públicos, algumas coisas soarão de uma forma para aqueles que nos conhecem e de outra para aqueles que não nos conhecem. Avaliações negativas são muitas vezes melhor compartilhadas em privado ou não compartilhadas de modo algum. Quantos de nós aprendemos em nossos locais de trabalho que e-mail é uma maneira terrível de compartilhar qualquer tipo de comentários negativos? E, pensando especialmente em postagens públicas, pergunte a si mesmo: há razões pelas quais eu não posso ser uma boa pessoa para falar sobre determinados assuntos?

03) Alcançará o público certo? (Marcos 4:9)

Se você estiver corrigindo alguém, a audiência para essa correção deve ser mais ampla ou mais limitada? Essa audiência é corrigível? Quando usar uma rede social, considere quem está ouvindo o que você está dizendo. E se todos nesse lugar viessem a escutar por acaso as suas conversas após o serviço hoje? Ainda assim, fazemos isso todo o tempo na internet.

04) Ajudará em meu evangelismo? (Colossenses 1:28-29)

O que você está prestes a comunicar ajuda ou dificulta aqueles que você está evangelizando? É provável que isso diminua a importância (para eles) do seu compromisso com o evangelho ou a engrandece?

05) Provocará controvérsia desnecessária e inútil? (Tito 3:9)

Pense cuidadosamente sobre controvérsia. A linha que separa o compartilhamento vigoroso de ideias e uma espécie de guerra social, às vezes, é mais fina do que podemos imaginar. Em que essa controvérsia particular que eu gostaria de estar contribuiria para o bem? Quando ela é inútil? Quanto tempo durará? Trata-se de uma questão fundamental inevitável ou de uma questão sobre a qual o desacordo é um tanto quanto sem importância? Será que esta controvérsia levará a qualquer outra divisão que ameace a unidade da nossa igreja local?

06) Envergonhará ou ofenderá? (1 Coríntios 12:21-26)

Alguém será envergonhado ou ofendido pelo que você está dizendo? Eu entendo que o mero fato de que algo é ofensivo não significa que dizê-lo é errado, mas simplesmente que nós devemos ter certeza de que a ofensa é digna disso.

07) Comunicará cuidado? (1 Coríntios 12:21-26)

Será que os principais interessados apreciarão os seus motivos? Privacidade na comunicação transmite cuidado e honra a pessoa que recebe a informação. Você gosta que a prescrição do medicamento por seu médico seja algo privado; mas você não se importa que a venda na loja seja anunciada. Se alguém preferir ser abordado pessoalmente, por que não fazê-lo?

08) Fará com que pessoas estimem melhor alguém? (1 Coríntios 12:21-26)

Ressalte a graça de Deus na vida, ministério e argumentos, etc., de outros. Destacar algo que edificará a estima de outros por alguém glorifica a Deus e encoraja os outros a verem a sua obra neles.

09) É jactância? (Provérbios 27:2)

O que você comunica na internet chama a atenção para si mesmo mais do que para o seu assunto? Como isso pode ser espiritualmente prejudicial para você ou para outros? Isso deixará as pessoas com uma compreensão mais exata de você? Está simplesmente sendo tentado a chamar a atenção para si mesmo ou para o que você sabe? Quando foi a última vez que incitou outros por compartilhar algo embaraçoso ou mesmo pecaminoso acerca de si mesmo?

10) O tom é apropriado? (2 João 1,12; Colossenses 4:6, Efésios 4:29, 2 Timóteo 2:24-25)

As pessoas entenderão e serão encorajadas pela verdade que você compartilha? Quão importante é que o tom de sua mensagem seja corretamente compreendido? Isso é claramente bondoso, paciente e gentil? O tom exato de sua voz e a feição em seu rosto indicam muito do que você quer dizer. Em uma conversa pessoal, você pode entender mais rapidamente que algo precisa ser explicado e o esclarece. A internet não santifica a ira ou frustração.

11) É errado não dizer nada? (Romanos 1:14)

Você tem uma oportunidade ou mesmo uma responsabilidade de comunicar algo? Alguns de vocês fazem isso devido ao seu trabalho. Você estabeleceu um “relacionamento” com leitores, amigos e seguidores na internet, de modo que eles esperam que comente sobre um determinado assunto ou situação? Nossa liberdade de expressão é uma mordomia maravilhosa! Queremos usá-la de forma boa e responsável. Eu suponho que existem até mesmo alguns trabalhos que não valem os sacrifícios que eles demandam, não existem?

12) O que os outros aconselham? (Provérbios 11:14; 15:22; 24:6)

Quando você está prestes a comunicar algo que sabe que os outros acharão provocativo, você tem bons alertas sonoros para tentar ajudá-lo a ponderar sobre a resposta? Você dedica tempo para considerar antes de publicar? A velocidade de resposta é tanto uma possibilidade da internet quanto uma tentação para falar muito rápido (o que contraria Tiago 1.19; Provérbios 10.19, 14.29, 16.32, 17.27). Lembre-se, você prestará contas por cada palavra que você digita (Mateus 12.36). Será que dizer coisas a uma “distância segura” das pessoas nos tenta a falar o que não diríamos diante de sua face?

Talvez você possa escrever estas perguntas e pedir a um amigo que observe suas redes sociais com essas preocupações em mente. Ou ainda, pergunte a alguém que discorda de você em algum assunto que postou ou escreveu e veja o que ele dirá. Dessa forma, muitos de nós podemos ser capazes de melhorar o nosso cuidado. Você pode imaginar quanto cuidado os apóstolos tiveram ao escrever as suas cartas.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

QUER MUDAR O MUNDO? CRIE FILHOS PIEDOSOS

Ficou bastante na moda, em alguns círculos estes dias, condenar a ascensão na igreja do que chamamos de “culto à personalidade”, e com razão. Um grupo cada vez maior, consumido pelo consumo de ensino teológico e bíblico através de meios de comunicação diversos, enfrentará a tentação de elevar certas vozes, tomar partido, defender bandeiras e oferecer lealdade cega a uma marca cuidadosamente elaborada. Nós escolhemos nossos líderes de culto talvez por gostarmos de sua perspectiva teológica, talvez por gostarmos de seu estilo de ensino. Pode ser que nosso líder defenda nossa causa favorita. Ou pode ser simplesmente seu encanto. Por sermos fábricas de ídolos, cercamo-nos deles.
Esse problema, é claro, não é novo. O Novo Testamento não apenas conheceu sua cota de autoproclamados “superapóstolos”, como ainda tinha alguns homens perfeitamente humildes e piedosos que as pessoas colocavam em um pedestal: “Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas” (cf. 1Coríntios 1.12) não é um julgamento sobre Paulo, Apolo ou Pedro, mas sobre aqueles que fizeram deles ídolos. Suspeito que o problema permaneça conosco hoje porque cair nele, na verdade, traz um parentesco próximo com algo para o qual a Bíblia realmente nos chama: seguir o exemplo daqueles que são nossos superiores espirituais. Paulo, afinal, nos chama a imitá-lo como ele imita a Cristo (1Coríntios 11.1).
O verdadeiro problema é que nossos padrões estão desregulados. Embora não haja nada de errado em ter uma perspectiva teológica sadia ou estilo de ensino agradável, em defender causas importantes ou mesmo em ter algum encanto, estas não são razões boas e bíblicas para erguer um homem como exemplo para nós. A Bíblia nos dá uma lista do que procurar nos homens a quem devemos admirar. Essas coisas podem ser encontradas na primeira carta de Paulo a Timóteo (3.1-7), ou em sua carta a Tito (1.5-9), onde ele descreve as qualidades de um bispo (ou presbítero). Os padrões aqui não são tão glamorosos. Um presbítero é o marido de uma só mulher. Ele não é dado a muito vinho. Ele é sóbrio, não violento. Ele governa a bem a sua própria casa.
Muitos anos atrás, o Ministério Highlands, assim como o Ligonier antes dele, costumava acolher estudantes para longos períodos de estudo. Esses estudantes muitas vezes ficavam em minha casa. Eu suspeito que muitos dos jovens que se inscreveram pensavam algo do tipo: “Eu não fui convidado para estudar com o meu herói, R. C. Sproul. Mas eu posso estudar com alguém que tem o mesmo herói, que viveu e estudou com ele: R. C. Sproul Jr.”. Eu suspeito que muitos destes jovens se viam no caminho da grandeza. Então, eu jogava com isso.
Quando nos encontrávamos pela primeira vez, eu lhes perguntava: “Você quer fazer uma diferença no reino? Você quer ter um impacto duradouro, por várias gerações? Você quer fazer grandes coisas para fazer avançar a causa de Cristo?”. A esta altura, eles já estavam na beirada da cadeira, acreditando que estavam prestes a ouvir o segredo que vieram descobrir.
“Tudo bem”, eu dizia, “vou lhe dizer como fazer isso. Está vendo aquela mulher lá dentro?”. Eu apontava para a cozinha, onde minha amada esposa estava trabalhando duro. “Sim, sim, vejo”, eles respondiam. “Eis o que você precisa fazer”, eu dizia. “Encontre uma mulher piedosa assim, case-se com ela, e então crie filhos piedosos”. Eles ficavam ainda mais ansiosos, esperando o truque final; e eu me recostava de volta em minha cadeira, já tendo finalizado.
É um truísmo dizer que quanto mais você se anima com algo, mais disso você terá. Quando derramamos elogios sobre os homens por sua genialidade, suas realizações acadêmicas e suas apresentações hábeis, então devemos esperar obter mais genialidade, realizações acadêmicas e apresentações hábeis. Mas o que aconteceria se nos animássemos com aquilo que Paulo se animava? E se crêssemos em Deus o suficiente para acreditar que o poder está no comum: em maridos que amam suas esposas como Cristo ama a Igreja, em pais que educam os filhos na disciplina e admoestação do Senhor? Não teríamos mais disso?
Quando me perguntam, como acontece com frequência, ‘Como foi ter R. C. Sproul como pai”, minha suposição é que as pessoas estão curiosas sobre o impacto em mim de ter um pai que é teologicamente sadio, um bom comunicador, apoiador de causas bíblicas e, verdade seja dita, encantador. Meu pai é todas essas coisas, e não há nada de errado nisso. Mas o mundo e a eternidade foram transformados porque ele, juntamente com a minha mãe, criou minha irmã e eu na disciplina e admoestação do Senhor. O mundo foi mudado porque meus pais buscaram primeiro o reino de Deus e a sua justiça de maneiras comuns, em um lar comum, como pais comuns, criando filhos comuns.
Não precisamos de habilidades especiais ou oportunidades especiais para fazer coisas extraordinárias para o reino. Precisamos apenas servir ao nosso Senhor extraordinário de maneira comum. E ele abençoa, e abençoará, esse serviço. Não precisamos de outro herói. Nós mudamos o mundo, uma fralda de cada vez. Porque dos tais é o reino de Deus.

Por: R.C Sproul Jr.

Bíblia em um ano - 17.02.2022